Bate coração
Escrito por Thayz Phoenix | Listado em Colunas | Publicado em 12-06-2011
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Vez ou outra, normalmente de maneira repentina, descobrimos um sentimento novo. Algo que surpreende e, ao mesmo tempo, gera ansiedade e temor. Uma emoção que faz todas as outras perderem a força e que tira, pouco a pouco, sua mente dos trilhos da razão. O que seria isso, capaz de transformar cada um de nós sem que tenhamos consciência disso? Nada mais, nada menos, do que a magia mais poderosa existente… o amor. Não, dessa vez, não me refiro ao amor dos pais, pois este nos molda, cria e permanece conosco em cada passo. O amor transformador é aquele que nos une a outras pessoas, que faz com que desejemos estar perto todo o tempo, querer seus sorrisos, carinhos e palavras.
Aquela espécie de amor que muda completamente a concepção que você possuia sobre a outra pessoa, ou que simplesmente a fortalece, dependendo da situação. Aquela espécie de amor que faz você perder o fôlego, ao mesmo tempo em que lhe enche de ânimo e alegria. Aquela espécie de amor que faz brotar sorrisos repentinos, saudades arrebadoras, dramas quase… mexicanos. Aquela espécie de amor da surpresa, do beijo doce no rosto, da declaração totalmente inesperada, do passeio na orla da praia. Aquela espécie de amor que ultrapassa brigas, problemas e todo o resto do mundo. O amor incondicional, o amor possessivo, o amor platônico, o amor correspondido.
Não posso dizer, em hipótese alguma, que só se vive disso, claro que não. Ao contrário do que algumas pessoas pensam ou querem fazer outras acreditarem, mas é parte de nossas vidas, porque precisamos disso. Não necessitamos de um parceiro todo o tempo, temos fases, mas precisamos de alguém em algumas partes da vida. Não dá para se viver sozinho para sempre. Quer dizer, é até possível, mas isso significa deixar de lado uma parte importante, deixar um espaço vazio na própria existência e, bem, aprender a conviver com ele. Não é fácil, não é feliz, mas é possível. É possível, também, encontrar a tão sonhada alma gêmea ou, pelo menos, ser feliz na busca. A vida é mais feita de encantos do que desencantos.
Assim a vida, assim a fantasia. Porque os personagens também são seres humanos. Quem não já imaginou dezenas de vezes os pormenores da união de Lily e James? Quem não acompanhou os avanços lentos entre Harry e Ginny ou Rony e Hermione? Quem não se permitiu sonhar um pouco com Bella e Edward? Quem não torceu descaradamente por Hagrid e Olympia, Tonks e Lupin, assim como por Percy e Annabeth? Quem não deixou de achar fofo o casamento entre Molly e Arthur Weasley? Quem não formulou inúmeros outros casais nas diferentes histórias, na esperança tola de que realmente ficassem juntos, ou simplesmente pela diversão de imaginar como seria a convivência? Os relacionamentos fizeram parte da vida das pessoas, transformaram suas visões de mundo, sua rotina… E, consequentemente, mudaram o rumo das coisas.
Se, naquele passado distante, Lily não tivesse conseguido enxergar em James uma pessoa responsável, além da aparência travessa e despreocupada, talvez nunca tivesse se deixado levar e se apaixonado… Talvez estivesse com Severus Snape, ou com qualquer outra pessoa. E não haveria um Harry Potter. Alguém consegue imaginar um mundo real sem esse mundo fantástico? Bom, eu não. Então, de um jeito ou de outro, o amor desses dois transformou não só o mundo deles, mas o nosso. Pode-se ter certeza também que, cada um a seu modo, todos os outros casais fizeram diferença ao longo de todas as histórias. A realidade - tanto interna quanto externa - teria sido outra, o mundo ganharia outra perspectiva, a felicidade estaria suspensa até que tudo fosse definido novamente.
Claro, nem tudo são flores. Nenhum relacionamento pode correr às mil maravilhas para sempre. Nenhum relacionamento pode surgir com a certeza do eterno, e muitos poucos duram o suficiente para serem chamados de eternos. Isso não quer dizer que o ser humano, em sua busca pela dita cara-metade, esteja preso a uma procura improdutiva. Porque um relacionamento pouco duradouro não significa que não valeu a pena. Pelo contrário. Mesmo porque é o hoje que determina o que é bom. Então um presente bem aproveitado acumula-se, a cada dia, no passado, formando uma história e fortalecendo as chances de um futuro semelhante.
Uma história que você escreve e, ao mesmo tempo, é escrita para você.
Feliz Dia dos Namorados!
Meu Deus de céu! Thayz você é maravilhosa, você brinca com as palavras tão naturalmente que chega á assustar,todos os domingos eu fico!1 impaciente e ansioso esperando seus textos aparecerem aqui no site, parabéns, você merece todo o reconhecimento possível!!!
Fiquei até meio desesperada lendo isso XD PRECISO ENCONTRAR MINHA CARA-METADE TAMBÉM XDDD O texto ficou LINDO Thayz *—*