Razão x Emoção

Escrito por Thayz Phoenix | Listado em Colunas | Publicado em 01-05-2011

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Nós vivemos em um mundo de dualidades. Sempre há duas posições que se contrapõem e, normalmente, estamos no meio delas tentanto decidir qual lado é o melhor a seguir em alguma situação especial. Mas nem sempre é fácil. Aliás, nunca foi fácil. O certo e o errado parecem tão próximos um do outro, tão confusos, que separar um do outro, interpretá-los e finalmente reconhecer o caminho correto é mais demorado e complicado do que gostaríamos. Muitas vezes, só percebemos tal característica quando as consequências se apresentam. É, é exatamente essa categoria que separa as duas de cima: as consequências. Se estas forem boas, foi feito o melhor. Se não forem… hora de repensar as próprias atitudes.

Tecnicamente, é um conceito bem simples. A prática é que o torna terrível. Mas essa, acreditem, não é a pior dualidade. Porque podemos aprender com nossos erros e transformá-los em acertos. Podemos consertar as coisas, desde que tenhamos vontade e nos empenhemos o suficiente para tal. Agora… como decidir entre razão e emoção? Como, se nem mesmo podemos controlar a expressão deles dentro de nós? Aparentemente, não podemos equilibrar os dois. Não consigo conceber nenhuma decisão que possa ter avaliado esses dois lados. Sempre pendemos ou para a emoção, ou para a razão. Sem querer. Sem notar. E, quando reparamos, as coisas já foram feitas; simplesmente porque um lado, mais forte naquele momento, disse que assim deveria ser. Mas… deveria?

A razão é sempre uma ótima condutora, a princípio. Com ela, podemos pensar nos prós, nos contras, nas dificuldades, obstáculos e beneficíos. Parece uma boa e segura maneira de avaliar cada questão e chegarmos a uma alternativa razoável. Entretanto, o raciocínio feito pode estar errado, ser enganoso e nos distanciar do real significado do problema. Pensar sistematicamente cada coisa é, também, perder boa parte da diversão e da… emoção, que é seu oposto. Os sentimentos normalmente são muito parciais, por assim dizer, e levam em consideração cada esperança e pensamento tolo que temos sobre o fato, desde o que o antecedeu até seus sucessores. Podem ser fortes ao ponto de não nos deixar escolha, e simplesmente não conseguirmos evitar segui-los. Normalmente, são os que provocam as melhores sensações. Mas também levam à precipitação, à angústia e tecem um caminho ligeiramente duvidoso e pouco seguro.

Nenhum de nossos heróis da fantasia foi capaz de seguir uma única maneira de ver o mundo por toda a história. Hermione podia ser a bruxa mais brilhante de sua idade, parecer extremamente racional e prática, mas ela lutava por seus sentimentos, pelos sentimentos dos outros. Dumbledore foi racional todo o tempo, planejando cada mínimo detalhe do que resultaria no fim de Voldemort; contudo, olhar para aquele anel e ver nele a esperança de reencontrar sua família e desculpar-se é uma prova de que a razão não poderia imperar todo o tempo. Nenhum outro personagem; nem Edward, muito menos Bella, nem os irmãos Pevensie, nem mesmo a Feiticeira Branca, nem Percy ou Annabeth, nem mesmo os Deuses do Olimpo! Se nem os Deuses conseguem… Como teríamos sequer esperança?

Isso não é o fim do mundo, claro. Na verdade, a realidade convive muito bem com os extremos, normalmente intercalando-os. A fantasia não seria diferente. Temos o bem e o mal, que é uma espécie de certo e errado do nosso mundo. Certa vez, ouvimos falar - e eu sei que não demorarão a identificar o autor - que “todos temos luz e trevas dentro de nós“. Assim, temos o bom e o ruim, o legal e o chato, o certo e o errado, o útil e o inútil, a vontade e a preguiça, a razão e a emoção. Até mesmo fantasia e realidade se contrapõem dentro dos próprios livros! Imaginem fora dele… Agora, é por isso que iremos deixar a fantasia de lado pela realidade? Ou o contrário (mesmo que esse último dê muita vontade)?

Não que tenhamos realmente muita chance de determinar que parte de nós devemos seguir, se a mente ou o coração. É o nosso grau de envolvimento com o problema que responderá isso. Se for algo rapidamente solucionável, se não nos for essencial, ou se nos parecer besteira, certamente usaríamos algum raciocínio lógico para seguir em frente. Agora, se o assunto envolve quem amamos, a maneira como nos sentimos ou coisas importantes do passado ou futuro, penderemos para o que o nosso coração nos diz. Ou seja, nem sempre podemos decidir entre os dois. É quase involuntário; não há a quem culpar. O importante é não se arrepender.

Porque mente e coração fazem parte de você.

Comentários (5)

É muito difícil conciliar isso tudo. Não há como ser metade das duas coisas, sempre penderemos para um lado. Eu fico mais para o lado da fantasia.

Gostei bastante do texto, ^^. Sou mais do tipo racional, mas dependendo do que está em jogo é mesmo difícil não dar ouvidos à emoção e continuar a pensar racionalmente. E você não chegou a mencionar algo que deixa essa questão ainda mais complicada: As noções de “bom” e “mal” não são fixas e imutáveis; elas variam de pessoa para pessoa: eu posso achar que o(a) fulano(a) tomou uma atitude equivocada, enquanto que, para os parâmetros dele(a), ele(a) tomou a decisão correta. Esse é o tipo de assunto que dá para ficar discutindo eternemante, xD.

Sou bastante parte emocilnal >.< Não deveria mas sou XD Mas mesmo eu tenho algumas horas de racionalidade =D

sentimento é uma fraquesa do ser humano….É uma coisa para fracos e idiotas.

emoçao pode trazer prazer, mas normalmente tras tristeza.. um bom modo de controlar as pessoas é apelando pra emoçao porque ninguem é imune.. eu tento ser racional todo tempo, o mais pratico possivel.

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