Mathilda Kóvak

Nome completo: Mathilda Kóvak
Idade: 102 anos
Formação: Jornalista
Cidade/Estado: Niterói/Rio de Janeiro

1 – Desde que idade você tem o hábito da leitura?
Mesmo antes de aprender a ler, eu já ouvia estórias lidas ou contadas por avós e meus pais, todos os dias. Acho que é algo que me acompanha a vida toda.

2 – Por que você gosta de ler literatura de fantasia?
Não sei o que você chama de literatura de fantasia. Eu conheço literatura fantástica. Toda literatura ficcional é construída no plano da fantasia. Se você se refere à literatura fantástica, eu não sou uma leitora específica do gênero, mas li bastante autores como Kurt Konnegut Jr, Ray Bradbury, Isaac Asimov, Phllip K. Dick… E fui bastante leitora também de Cortázar, Borges e outros representantes dos realismo mágico latino-americano. Gosto também de filmes de science fiction. Enfim, não sei explicar por quê. Acho que, na verdade, a literatura fantástica se aproxima mais da realidade do que o realismo real, porque a realidade é absurda. É como se a literatura fantástica fosse a representação de uma realidade que só é notada por seus autores e apreciada por seus leitores, que, de algum modo, estão conectados a ela. Mas eu gosto de outros gêneros também.

3 – Quais são as suas 3 sagas fantásticas literárias preferidas e por quê?
Não gosto de sagas literárias. Tenho preguiça de acompanhar. Não espere que eu vá dizer “Harry Potter” ou “Crepúsculo”, porque eu considero ambas muito pobres. Inventaram uma literatura infanto-juvenil agora que nada mais é do que um rótulo para vender um subproduto. A criança e o adolescente podem ler tudo e sempre leram mais do que os adultos, porque têm mais tempo, mais disponibilidade e mais curiosidade. Este tipo de seriado não me interessa. Alguns podem até ser bons, mas não para o meu gosto.

4 – Em sua opinião, o que essa literatura acrescenta a você e aos seus leitores?
Você se refere à literatura fantástica? Acho que qualquer literatura inteligente pode trazer benefícios ao leitor. O gênero fantástico não é superior ou inferior a nenhum outro. Ele pode ser rico ou pobre, a depender da obra.

5 – O que você faz para div ulgar e incentivar a leitura de livros fantásticos?
Não divulgo o gênero. Eu sou autora do gênero, porque é natural em mim. É o modo como enxergo a realidade. Não sou uma autora realista. O máximo que posso fazer é indicar livros, se me pedirem. Mas acho que já é um gênero bastante popular, que não precisa de muita divulgação.

6 – Que publicações você já tem?
Eu edito livros desde 1991. Tenho uns 10 livros infanto-juvenis editados e um livro de contos - fantásticos! - destinado ao público adulto.

7 – Quais são os seus projetos atuais?
Eu tenho dois livros, que devem sair ainda este ano, pela editora Escrita Fina, infantis, e estou me preparando para editar o Cronopinhos, site de literatura infanto-juvenil, do Portal Cronópios. Fora isto, escrevo roteiros para HQ, vídeo, TV e teatro e sou também compositora.

8 – Uma mensagem aos leitores do blog CT: saiam da internet e leiam livros de verdade, rs.