Lemos Milani

Nome completo: Douglas Lemos Milani
Idade: 21 anos
Formação: Letras – Português e Literaturas
Cidade/Estado: Nova Iguaçu/RJ

1 – Desde que idade você tem o hábito da leitura?
Em perspectiva minha, contando a idade que tenho e o momento que comecei a desenvolver o hábito da escrita, diria que tarde. Não fui incentivado, minha família nunca o cultivou e as escolas que frequentei, públicas, não estimulavam esse tipo de ato.

2 – Você gosta de ler Literatura Fantástica? Por quê?
Sim, gosto. Acho que há meios mais interessantes de se contar verdades. A fantasia proporciona essa possibilidade: transformar um tema que seria tedioso caso abordado de modo literal. O meu próprio livro, A Ascensão da Casa dos Mortos, embora seja fantasia, lida com questões de ordem realista. Através de um enredo de temática fantasiosa, abordei, mesmo que de forma implícita, a vulnerabilidade da mente das pessoas e suas influências em campos sociais.

3 – Quais são as suas 3 sagas fantásticas literárias preferidas e por quê?
Bom, não tenho o hábito de acompanhar sagas literárias, mas já curti algumas. Impossível não citar Harry Potter, li as entrevistas do Blog CT e vi o quão fundamental essa saga foi na área da escrita e na difusão do hábito da leitura. Harry Potter foi o primeiro livro que comprei por prazer. Também, mesmo sofrendo preconceito com isso, acompanhei toda a saga Crepúsculo; por isso posso dizer que a literatura não tem caráter alienador se você não se deixar alienar. Ouvi muitos criticando o que a Meyer fez, mas acho que ela foi bem esperta. Dou meu voto de confiança aos seus livros por terem criado uma nova geração de leitores. Amo, juntamente, os livros de As Crônicas de Nárnia. Acho que é o melhor exemplo de transportar uma temática para o campo da fantasia através de elementos simbólicos. Então, acho que são essas três, mas não as colocaria em uma ordem de preferência ou qualidade, até porque eu não tenho moral para isso.

4 – Em sua opinião, o que essa literatura acrescenta aos seus leitores?
Mais ou menos o que citei na pergunta anterior. Ela estimula a leitura aos mais jovens enquanto desenvolve o prazer nos mais velhos. Pode-se transmitir ideias, valores e pensamentos por meio de infinitas formas.

5 – O que você faz para divulgar e incentivar a leitura de livros fantásticos?
Faço o mesmo que em qualquer outro segmento literário: converso com as pessoas, principalmente com as mais novas, e mostro a importância da leitura para a formação de pessoas críticas. Sempre empresto livros. Faço o que todos podem e devem fazer.

6 – Que publicações você já tem?
Tenho participação em seis livros da coleção VII Demônios, um conto em Quando o Saci Encontra os Mestres do Terror e sou autor convidado de Malditas. A Ascensão da Casa dos Mortos é o meu primeiro livro solo. São todos pela Editora Estronho.

7 - Fale um pouco sobre sua obra publicada mais recente:
A Ascensão da Casa dos Mortos foi um original que me deu bastante receio de escrever. Além de ser um tema difícil de ser abordado, já que foi retratado inúmeras vezes na literatura e no cinema, outro fator que me influenciou nesse pensamento foi o fato de eu achar algumas cenas fortes demais. Sou o tipo de escritor que costuma sentir bastante os personagens, e acredite, os deste livro não me transmitiram as melhores sensações. Tentei ao máximo extrair um terror cru e frio da narrativa. Já o livro, fiquei contente pela publicação. Saber que pessoas se importam com seu texto é algo formidável. Mas o que eu realmente gostaria é que as pessoas lessem essa estória com um pouquinho de atenção aos detalhes: eles fazem toda a diferença.

8 – Quais são os seus projetos atuais?
Estou em revisão final de um novo romance do gênero fantástico. Estou tomando muitas precauções por, também, ter uma premissa bastante comum. Acho legal essa ideia de começar do habitual para tentar criar algo diferente. Não vejo problema em dizer o título, até por não ter qualquer ligação com meus textos anteriores: chama-se Destiny. Mas ainda não o enviei para análise, portanto não tenho certeza ainda se será publicado. Também, juntamente, estou escrevendo outro, mas que segue uma vertente mais realista.

9 – Uma mensagem aos leitores do blog CT:
Jamais rotulem livros; jamais tenham preconceito com a literatura. Só se pode construir um conhecimento real quando se conhece o objeto de análise.
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