Rafael Lima
Nome completo: Rafael Gonçalves Lima
Idade: 24
Cidade/Estado: Rio de Janeiro/RJ
1 - Desde que idade você tem o hábito da leitura?
Bom, quando era pequeno lia muito os gibis da Turma da Mônica e, na adolescência, acompanhava alguma coisa da DC e da Marvel, mas só por curiosidade. Nessa época os únicos quadrinhos os quais realmente segui a fio foram os Mangás do Samurai X, os quais sempre considerei imbatíveis. Fora isso, havia somente aqueles livros enfadonhos que todos nós somos obrigados a ler na escola. E confesso nunca ter gostado muito deles, com algumas exceções. Uma delas foi “Capitães da Areia”, de Jorge Amado, talvez por ter protagonistas da mesma faixa etária que eu, na época. Uma outra exceção foi um livro que li ainda no primário, chamado “O Grande Segredo”, um RPG bem simples e bacana que, talvez, tenha sido a primeira obra de literatura fantástica que eu realmente tenha me envolvido. Porém, foi somente após ter ingressado na faculdade que me interessei verdadeiramente por romances, ainda que estes, em sua maioria, não fossem de fantasia. Nesse período, posso listar cinco livros que me marcaram profundamente: “Ensaio Sobre a Cegueira”, de José Saramago, “O Apanhador no Campo de Centeio”, de J. D. Salinger (este, se tivesse lido aos 16 anos, teria sido o livro da minha vida), “Onde Existe Luz”, um auto-ajuda de Paramahansa Iogananda, “A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen”, de Eugen Herrigel e “A Guerra das Salamandras”, de Karel Capek. Este, o único do gênero fantástico, e absolutamente sensacional.
2 - Por que você gosta de ler a literatura de fantasia?
Olha, sendo sincero, a literatura fantástica, por incrível que pareça, não é meu gênero literário favorito. E eu sequer tenho um. Leio estas obras ditas “na moda” sem problema algum, como os livros de Dan Brown, “O Caçador de Pipas”, “A Menina que Roubava Livros”, enfim. Alguns deles são realmente bons, principalmente este último. Também gosto de livros relacionados à minha profissão (publicidade e design) e biografias em geral. Porém, na verdade, meu maior contato com a fantasia sempre foi, sem dúvida, através de desenhos animados, filmes e jogos de video game. Estas experiências sim, foram verdadeiramente maçantes em minha vida e inesquecíveis. Elas foram os reais motivos para que Aura de Asíris - A Batalha de Kayabashi nascesse em minha mente e fosse para o papel. Minhas verdadeiras inspirações para a obra. Confesso também que o primeiro livro de “Capa e Espada” que li foi “Dragões de Éter”, de Raphael Draccon. E isso foi há pouquíssimo tempo! RPG, por exemplo, nunca me interessou, tirando aquela obra que li quando tinha uns 10 anos de idade, a qual mencionei anteriormente.
3 - Quais são as suas 3 sagas fantásticas literárias preferidas e por quê?
Olha, preciso fazer outra confissão. De todas estas sagas fantásticas, popular ou não, eu não li nenhuma. E falar isso, não nego, me deixa até um pouco embaraçado. Então, não posso julgá-las. Na verdade, o máximo que fiz foi pegar alguns volumes de Harry Potter e Senhor dos Anéis e dar algumas folheadas, só por curiosidade. Agora, se você me permite trazer a conversa para o campo do cinema, eu já posso dar uma opinião. Senhor dos Anéis, para mim, é imbatível, seguido de Matrix e Harry Potter. Eu sei que esta não é uma resposta coerente com a questão colocada, mas é o máximo que posso dizer.
4 - Na sua opinião, o que essa literatura acrescenta a você e aos seus leitores?
Bom, vou responder tendo como base não só o que eu li de fantástico, mas tudo o que eu já experimentei do gênero. Eu acho que, algumas vezes, todo material proveniente dele serve como um tipo de anestesia, um alívio do peso que a parte fria, previsível e monocromática do mundo coloca sobre nós. E, em outros casos, como um mero passa-tempo, uma distração sem maiores pretensões. De qualquer forma, creio que tudo que vemos diante de nossos olhos todos os dias não é nada comparado ao que temos guardado em nossas ousadas mentes. Afinal, por que muitos de nós imaginamos eventualmente, ao olhar os prédios de nossa cidade, uma explosão atômica, uma invasão alienígena ou veículos futuristas rasgando o céu bem acima de nossas cabeças, por exemplo? Ou, se estamos em uma viagem por uma zona rural e olhamos aqueles imensos campos verdes e desertos, visualizamos um vasto reino, castelos, magos e guerreiros correndo por ele prestes a enfrentar inimigos mortais? Isso ocorre pois temos a necessidade de exercitar sempre nossa imaginação, extravasar nossos pensamentos, projetando tudo aquilo que está somente dentro da caixola em alguma parte de nossa realidade. E isso se aplica à todos. Mesmo àquele que leva uma vida mais pautada nos cálculos, na certeza e no empirismo, enfim, tem esta necessidade. Agora, a “viagem” que fazemos é única para cada um. Resumindo, acredito que a literatura (e qualquer outro tipo de arte) fantástica acrescenta experiências que nos permitem viver sonhos nossos e de outras pessoas de uma forma muito mais radical, se comparada a outros gêneros. Nos dá asas maiores e mais potentes, por assim dizer, ao mesmo tempo em que mata nossa grande sede por vivenciar algo fora de nossa rotina, tantas vezes frustrante. Mesmo que, logo em seguida, nos deixe com a garganta ainda mais seca. E espero que seja assim com Aura de Asíris - A Batalha de Kayabashi, em um futuro próximo: que ele, acima de tudo, divirta bastante os seus leitores, embarcando-os em uma aventura que lhes pareça a mais original possível. E lhes deixe com gostinho de “quero mais”.
5 - O que você faz para divulgar e incentivar a leitura de livros fantásticos?
Eu, no momento, tenho feito tudo que posso para divulgar Aura de Asíris - A Batalha de Kayabashi. Sendo assim, uma uma das minhas atitudes é entrar em contato com escritores pedindo troca de participações em comunidades no Orkut e blogueiros, pedindo a troca de links. Isso favorece tanto o meu trabalho quanto o deles. E foi assim que achei o CT, para minha sorte. Pelo que já pude perceber, vocês trabalham com muita dedicação e seriedade. Agradeço muito pelo espaço cedido a um escritor iniciante como eu e, espero que, daqui há mais ou menos cinco meses, quando Aura de Asíris - A Batalha de Kayabashi já tiver sido lançado, voltar para dar novos e bons recados. Ou, simplesmente, vê-los postados aqui!
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Assista abaixo o trailer do livro dele: